Vivendo em contradição comigo mesma é que eu realmente me entendo. Ou pelo menos, tento.
Aquela noite, aquele vento, aquela nostalgia. Aquele momento em que é só tu, o livro perigoso, violão e a lua. Aquele sentimento de saudade absurda no peito, de cada sorrisos, abraços, beijos e palavras doces que o destino me tirou. Ou melhor, talvez livrou.
Fico pensando dia após dia onde foi parar o tal amor? Em tempos que dizer "bom dia" ao tio do boteco é o mesmo que dizer "te amo pra sempre" há alguma pessoa, seria realmente um equívoco exigir que outras frases, palavras, prosas, sejam mantidas de forma boa, de forma correta, eu diria.
Assistindo televisão estes dias ao chegar da aula, tive o prazer de ver um programa com a participação ilustre do "cantor" Catra. Isto mesmo. Um cantor de funk mais lixo impossível, um retardamento musical. Sobre o que o tema do programa?? Querem mesmo saber? Então vamos lá: amor existe?
Como assim? Gente, é o mesmo que chamar um cego e falar sobre o que enxerga, seja lá o que signifique isto. É o mesmo que chamar uma feminista e falar sobre virgindade. O mesmo que chamar um cachorro para simplesmente falar. Que horror! Barbaridade! Cúmulo!
Só porque o cara tem sei lá quantos filhos, mulheres, posses, dinheiro, é de forma digna falar sobre relacionamentos. Chamar meu pai que é casada com (logicamente) minha mãe há certa de 30 anos, nada. Mas fazer o que. Em pleno 2013 e o que a sociedade coloca nada mais, nada menos que fama, luxuria, sexo e baixaria.
Do fundo do meu coração, espero que quando eu tiver filhos, meus netos, eles não tenham que ver esta grande hipocrisia, este grande absurdo que acontece nos dias de hoje e que provavelmente irá sim, piorar. Espero também que eles não tenham de viver neste lixo de país, onde um par de peitos, bunda bonita, e vulgaridade chama mais atenção e move mais montanhas do que o tal caráter, espero que eles não tenham que viver neste tal de Brasil.
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