Ainda não contei de você a ninguém. Acho meio arriscado ou, quem sabe, mera superstição. Eu sei que as pessoas vão me pedir cuidado ou julgar, sei lá! Assim me guiei por uma vida toda e foi exatamente isso que hoje me faz uma pessoa contando uma história de amor sem nunca ter protagonizado uma. De um jeito ou de outro, sempre soube que pegar leve era uma forma de me manter todas as minhas metades comigo mesma, até então sem saber pra quê servia isso.
Só pude ver o tamanho do erro na minha cama. Eu engolindo minhas lágrimas bobas nos créditos de "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", que, aliás, a única coisa que entendi do filme é que o amor é uma coisa bem complicada. Minha mãe, tentou me explicar por partes, e eu me senti menos burra e ridícula, embora com os olhos ainda aguados.
Eles, o mocinho e a mocinha, só queriam se esquecer usando aqueles fios e máquinas. Nunca mais lembrar um do outro. No fim, a gente aprende que tudo pode ser vivido só uma vez. Uma coisa ruim me faz te abraçar forte. Aí eu entendo quando as pessoas dizem que amando a gente abraça o mundo, porque, pelo menos aqui e agora, meu mundo inteiro é você.
É cedo pra dizer, ou tarde demais pra fugir. Talvez você seja um cachorro, cínico, egoísta apenas sendo gentil, romântico, atencioso só pra me enganar na cama. Mas se não for você, será outro qualquer. Melhor que seja você.
As coisas que acabei de dizer, leve em consideração só até a meia-noite. Eu sempre tento virar a página sem grifar as partes importantes com alguma caneta de cor alarmante. Mesmo num amor de linhas tortas como o nosso, o fim parece um erro, como um ponto final no meio da frase.
" só pra me enganar na cama "
ResponderExcluirDe um dia para o outro virou a tal puta que tu tanto fala nos teus post Dona Aline? Hm..
Aline.. Aline... Ai ai!
ResponderExcluir